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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Cateterismo Vesical


SONDAGEM VESICAL DE DEMORA

1-FINALIDADE:
Introdução de um cateter pela uretra até a bexiga com fim de diagnóstico ou tratamento.

2-INDICAÇÃO/CONTRAINDICAÇÃO:
Indicação: drenagem vesical por obstrução crônica, disfunção vesical (bexiga neurogênica), drenagem vesical após
cirurgias urológicas e pélvicas, medida de diurese em pacientes graves, assegurar a higiene perineal e o conforto de
pacientes incontinentes de urina e comatosos.
Contraindicação: obstrução mecânica do canal uretral, infecção do trato urinário baixo.

3-RESPONSABILIDADE:
Enfermeiro.
4-RISCO/PONTOS CRITICOS:

Trauma de meato urinário;
Infecções urinárias e infecções hospitalares.
5-MATERIAIS:

Bandeja de cateterismo vesical, sonda Foley, bolsa coletora sistema fechado, PVPI tópico, gel hidrossolúvel, luvas de
procedimento e estéril, ampolas de água destilada, biombo, seringa 20 ml e 10 ml, fita adesiva hipoalergênica ou
esparadrapo.

6-DESCRIÇÃO DA TÉCNICA:
Ação de Enfermagem Justificativa
01- Conferir a prescrição médica;
02- Reunir o material e levar até o paciente;
03- Explicar o procedimento ao paciente;
04- Promover a privacidade do paciente;
05- Higienizar as mãos;
06-Posicionar o paciente:

A. feminino: posição dorsal (supino com joelhos
flexionados).
B. masculino: posição supina com as coxas levemente
contraídas.

07-Calçar luvas de procedimento e realizar a higiene íntima
rigorosa com água e sabão (se paciente dependente). Orientar
a higienização prévia a pacientes independentes;
08-Retirar luvas de procedimento e higienizar as mãos;
09- Abrir a bandeja de cateterismo e adicionar os materiais
descartáveis (sonda de Foley, seringas, agulhas, gaze estéril e
sistema coletor fechado) dentro da técnica asséptica;

01- Evitar erros;
03- Reduzir ansiedade e propiciar cooperação;
04-Mostrar respeito pela dignidade do paciente;
05-Reduzir transmissão de microrganismos;
06-Permitir facilidade de acesso e visualização;
07- Prevenir a contaminação por agentes microbianos;
09-Manipular material esterilizado sem contaminação;
10- Calçar luvas estéreis (2 pares);
11-Adaptar a sonda de Foley ao coletor de urina sistema
fechado;
12- Com auxílio de um colega, colocar gel hidrossolúvel na
seringa de 20ml (se paciente masculino) e colocar água
destilada em seringa de 10ml;
13- Testar o cuff (balonete) com a seringa de 10ml com água
destilada;
14- realizar antissepsia do meato uretral:

A. feminino:
(1) com a mão não dominante, retrair os grandes lábios e
manter a posição ao longo do procedimento.
(2) usando pinça na mão dominante esterilizada, pegar gazes
estéreis sasturadas com solução antisséptica e limpar a
área do períneo, limpando da frente para trás do clitóris
na direção do ânus. Com uma nova gaze para cada área,
limpar ao longo da dobra dos grandes lábios, perto da
dobra dos grandes lábios e diretamente sobre o centro do
meato uretral.

B. masculino:
(1) recolher o prepúcio com a mão não dominante, segurar o
pênis abaixo da glande. Manter a mão não dominante na
posição ao longo do procedimento.
(2) com a mão dominante, pegar uma gaze com a pinça e
limpar o pênis. Fazer movimento circular do meato
uretral para baixo até a base da glande. Repetir a limpeza
três vezes, usando uma gaze limpa a cada vez.
15- Retirar o primeiro par de luva estéril usado na
antissepsia;
16- Posicionar o campo fenestrado sobre a genitália;
17- Lubrificar a sonda com xilocaína. No homem, poderá ser
injetado o lubrificante diretamente na uretra através de
seringa de 20 ml.
18- Introduzir a sonda delicadamente no meato uretral até
observar a drenagem de urina. Quando masculino,
levantar o pênis na posição perpendicular ao corpo do
paciente;
19- Insuflar o balonete com água destilada, observando o
volume marcado na sonda;
10-Reduzir transmissão de microrganismos;
11-Prevenir contaminação do sistema;
12-Facilitar a organização e agilizar o procedimento;
13-Verificar a integridade do balão;
(1) visualização total do meato uretral. Retração total
previne a contaminação do meato uretral durante a
limpeza.
(2) a limpeza reduz o número de microrganismos no
meato uretral.
(2) a limpeza reduz o número de microrganismos no
meato uretral.
17-Reduzir a fricção e a possível irritação quando da
inserção da sonda;
18- O pênis devidamente posicionado facilita a inserção
do cateter;
19-Manter a extremidade distal da sonda no interior da
bexiga;
20-Tracionar vagarosamente a sonda e fixar na parte interna
da coxa (mulher) e área suprapúbica (homem);
21- Não esquecer de reposicionar o prepúcio e remover o
excesso de anti-séptico da área meatal;
22- Prender o coletor na parte inferior da cama após colocar
a data, hora e nome do funcionário;
23-Auxiliar o paciente a ficar numa posição confortável.
Lave e seque a área perineal conforme for necessário;
24- Encaminhar o material utilizado ao expurgo;
25- Retirar luvas e higienizar as mãos;
26- Checar o procedimento;
27- Realizar as anotações de enfermagem no prontuário.
20- Evitar possível tensão no trígono urogenital (mulher)
e tensão uretral na junção penescrotal (homem);
21-O reposicionamento evita constrição do prepúcio atrás
da glande do pênis – parafimose. A remoção do
excesso de antisséptico impede a irritação do tecido
pelo contato prolongado com o antisséptico;
22-Evitar refluxo de urina da bolsa para a bexiga;
23-Manter conforto e segurança;.
25-Reduzir transmissão de microrganismos;
26-Informar que a ação foi realizada;
27-Documentar o cuidado e subsidiar o tratamento;
Artigos 71 e 72 do Código de Ética dos Profissionais
de Enfermagem (Responsabilidades e Deveres).
7-RECOMENDAÇÕES:
 Em pacientes acamados, com sonda vesical, deve-se fazer higiene íntima após cada evacuação.
 Sondas utilizadas para cateterismo vesical: em adolescentes (nº 10 ou 12), em adultos (nº 14 ou 16), em
gestantes (nº 14) e sonda de alivio (nº 10 ou 12).
 Em alguns casos de retenção urinária pode ser colocada bolsa de água morna ou compressas na região suprapúbica.
 Observar e anotar o volume urinário, cor e o aspecto.
 Desinsuflar o balão na retirada da sonda vesical, observar e anotar a primeira micção espontânea.
 O sistema de drenagem deve ser obrigatoriamente “fechado” e trocado toda a vez que for manipulado
inadequadamente. Não há um intervalo ideal preconizado para a troca da sonda, mas recomenda-se a sua retirada
precocemente.
 Não abrir o sistema de drenagem, para realizar coleta de exames.
 Indicações para troca do cateter e sistema coletor: obstrução, presença de grande quantidade de resíduos no sistema,
presença de incrustações visíveis e urina com aspecto purulento, febre de origem não determinada sem outra causa
reconhecida, desconexão acidental ou ruptura, violação e contaminação do sistema por técnica inapropriada na
instalação e manuseio.
 Retirada da sonda vesical de demora, diminui a incidência de infecção urinaria.
 Não realizar lavagem da sonda vesical sem recomendação médica.
 Os coletores de urina devem ser esvaziados a cada 6 horas e nunca devem ser posicionados em um nível acima do
púbis;
 Realizar higiene perineal com água e sabão, e do meato uretral, pelo menos 2X ao dia.
8-REFERÊNCIAS:
1.ARCHER, Elizabeth et al. Procedimentos e protocolos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
2.ATKINSON, Leslie D.; MURRAY, Mary Ellen. Fundamentos de enfermagem: introdução ao processo de
enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
3.BRASÍLIA. Secretaria de Estado de Saúde. Núcleo de Prevenção à Infecção Hospitalar. Manual de
recomendações de prevenção e controle das infecções em estabelecimentos de saúde. Brasília, 2005.
4.CARMAGNANI, Maria I. S. et al. Procedimentos de enfermagem: guia prático. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2009.
5.LENZ, Lino Lima. Cateterismo vesical: cuidados, complicações e medidas preventivas. Arquivos Catarinenses de
Medicina. v. 35, n. 1, p. 82-91. 2006.
6.MANUAL de procedimentos de enfermagem. São Paulo, 2005. Disponível em:
. Acesso em: 6 out. 2009.
7.POTTER, Patrícia A.; PERRY, Anne G. Fundamentos de enfermagem. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
8.SWEARINGEN, Pámela L. Atlas fotográfico de procedimentos de enfermagem. 3. ed. Porto Alegre: Artes
Médicas Sul, 2001.
9.TIMBY, Babara K. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. 8.ed. Porto Alegre:
Artmed, 2007.
LAVAGEM

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

ÚLCERAS DE PRESSÃO

O que é?
A úlcera de pressão pode ser definida como uma lesão de pele causada pela interrupção sangüínea em uma determinada área, que se desenvolve devido a uma pressão aumentada por um período prolongado. Também é conhecida como úlcera de decúbito, escara ou escara de decúbito. O termo escara deve ser utilizado quando se tem uma parte necrótica ou crosta preta na lesão.
Como se desenvolve?
A úlcera de pressão se desenvolve quando se tem uma compressão do tecido mole entre uma proeminência óssea e uma superfície dura por um período prolongado. O local mais freqüente para o seu desenvolvimento é na região sacra, calcâneo, nádegas, trocânteres, cotovelos e tronco.
Quais as causas e fatores de risco?
São vários os fatores que podem aumentar o risco para o desenvolvimento da úlcera de pressão como: imobilidade, pressões prolongadas, fricção, traumatismos, idade avançada, desnutrição, incontinência urinária e fecal, infecção, deficiência de vitamina, pressão arterial, umidade excessiva, edema.
Estágios da úlcera de pressão
As úlceras de pressão podem classificadas em:

Estágio I
  quando a pele está intacta, mas se observa vermelhidão e um pouco de ulceração de pele.
Estágio II

quando a pele já está perdendo sua espessura, manifestando abrasão, bolha ou cratera superficial
Estágio III

quando se observa uma ferida de espessura completa, envolvendo a epiderme, a derme e o subcutâneo.
Estágio IV

quando se tem uma lesão significante, onde há a destruição ou necrose para os músculos, ossos e estruturas de suporte( tendões e cápsula articular).
Quem corre mais riscos?
Pacientes acamados que são ou foram fumantes, diabéticos, pacientes com incontinência fecal e urinária (uso de fraldas), desnutridos, idosos, pessoas com pouca ou nenhuma mobilidade, com problemas de circulação arterial.
Como prevenir?
Manter alguns cuidados com a pele do paciente é fundamental. A atuação fundamental é no alívio da pressão da pele, nas áreas de maior risco, ou onde se tem ossos mais proeminentes. Alguns cuidados são bem importantes, e podem ser realizados desde os primeiros momentos que o paciente ficou acamado, seja em casa ou no hospital.
 
Atenção – áreas avermelhadas não devem ser massageadas, para não aumentar a área já lesionada.
Manter colchão piramidal (caixa de ovo) sobre o colchão da cama do paciente.
Mudar sempre o paciente acamado de posição.
Colocar travesseiros macios embaixo dos tornozelos para elevar os calcanhares.
Colocar o paciente sentado em poltrona macia, ou revestida com colchão piramidal, várias vezes ao dia.
Quando sentado mudar as pernas de posição, alternando as áreas de apoio.
Manter alimentação rica em vitaminas e proteína.
Manter hidratação.
Trocar fraldas a cada três horas, mantendo paciente limpo e seco..
Hidratar a pele com óleos e/ou cremes a base de vegetais
Utilizar sabonetes com pH neutro para realizar a limpeza da região genital.
Estar atento para o aparecimento de candidíase e outras infecções por fungos. Nesses casos, procurar o médico.
Aplicação de filme transparente e/ou cremes ou loções a base de AGE nas áreas de risco aumentado para lesões
Realizar massagem suave na pele sadia, em áreas potenciais de pressão, com loção umectante e suave.
Manter a limpeza das roupas de cama, bem como mantê-las seca e bem esticadas.
NÃO utilizar lâmpada de calor sobre a pele, pois estimulam o ressecamento da mesma.
Como tratar?
O tratamento da ferida consiste em limpeza da lesão com jato de soro fisiológico, preferencialmente morno. O jato é conseguido perfurando-se o frasco de soro com uma agulha 40X12 ou 30X8. Este jato tem a propriedade de limpar a ferida sem destruir o que o próprio organismo vem reconstruindo.
Se há presença de escaras (crosta preta e endurecida) sobre a lesão, esta deverá ser retirada por um profissional médico ou enfermeiro especializado.
Existem vários produtos, chamados de “novas tecnologias” para auxiliar no tratamento das úlceras de pressão. A indicação fica a critério médico ou de enfermeira especializada. Os resultados são bastante eficazes. 

fonte: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?626

Infarto do Miocardio

Infarto do miocárdio

Infarto do miocárdio é a necrose de uma parte do músculo cardíaco causada pela ausência da irrigação sanguínea que leva nutrientes e oxigênio ao coração. É o resultado de uma série complexa de eventos acumulados ao longo dos anos, mas pode ser caracterizado pela oclusão das artérias coronárias em razão de um processo inflamatório associado à aderência de placas de colesterol em suas paredes.
O desprendimento de um fragmento dessas placas ou a formação de um coágulo de sangue, um trombo, dentro das artérias acarretam o bloqueio do fluxo de sangue causando sérios e irreparáveis danos ao coração (necrose do músculo cardíaco).

Sintomas
* Dor fixa no peito, que pode variar de fraca a muito forte, ou sensação de compressão no peito que geralmente dura cerca de trinta minutos;
* Ardor no peito, muitas vezes confundido com azia, que pode ocorrer associado ou não à ingestão de alimentos;
* Dor no peito que se irradia pela mandíbula e/ou pelos ombros ou braços (mais freqüentemente do lado esquerdo do corpo);
* Ocorrência de suor, náuseas, vômito, tontura e desfalecimento;
* Ansiedade, agitação e sensação de morte iminente.

Fatores de risco e prevenção
* Não há dúvida de que a melhor maneira de evitar o infarto é reduzir a exposição aos fatores de risco: fumo, obesidade, diabetes, hipertensão, níveis altos de colesterol, estresse, vida sedentária e/ou histórico pessoal ou familiar de doenças cardíacas.
* Assumir uma atitude mental confiante e positiva é um passo decisivo para a recuperação dos infartados. É importante deixar claro que pessoas que sobrevivem a um infarto e adotam estilos de vida saudável, em sua maioria, conseguem retornar à vida normal e reassumir suas atividades profissionais.

Recomendações
* Ao surgirem os primeiros sintomas, procure socorro imediatamente. Não dirija automóvel e evite andar ou carregar peso mesmo que a dor seja mínima;
* Se estiver com alguém que apresente sintomas de infarto por mais de dez minutos, não perca tempo: procure socorro urgente. Mantenha a pessoa aquecida e calma. Salvo orientação médica em contrário, não lhe dê coisa alguma para beber ou comer;
* Desde que a pessoa consiga engolir sem dificuldade e não seja alérgica ao medicamento, faça-a 
tomar dois comprimidos de aspirina (ácido acetilsalicílico) imediatamente;
* Se a pessoa desfalecer, verifique sua respiração e seu pulso. Na ausência desses sinais vitais, inicie imediatamente os procedimentos adequados de recuperação cardiopulmonar, mantendo-os até que o socorro chegue. Não tente transportar a pessoa desfalecida, porque ela corre sério risco de morrer no caminho. Coloque-a em posição confortável, levemente inclinada, e afrouxe suas roupas;
* Não se iluda com a aparência de sintomas de azia intensa, pois eles podem indicar, na verdade, alterações cardíacas importantes;
* Transmita confiança ao infartado e evite entrar em pânico. Os primeiros socorros são fundamentais para salvar vidas.

fonte: http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/infarto/

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O que é Hemodinâmica

Hemodinâmica PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
O estudo hemodinâmico é um método de diagnóstico e terapêutico que utiliza técnicas invasivas para obtenção de dados funcionais e anatómicos das várias cardiopatias. É através do cateterismo que se faz o estudo da dinâmica circulatória cardíaca, que consiste na inserção de catéteres radiópacos sob controlo fluoroscópico e monitorização electrocardiográfica, seguindo o trajecto das artérias e veias periféricas até às cavidades cardíacas e grandes vasos. O cateterismo permite a visualização radiológica das cavidades cardíacas e grandes vasos através da injecção de produto de contraste pelo catéter, obtenção de curvas de pressão para avaliação de gradientes e eventos que fazem parte do ciclo cardíaco, e colheita de amostras de sangue para saturações e cálculo do débito cardíaco.

No laboratório de hemodinâmica os Cardiopneumologistas que estão inseridos numa equipa que, normalmente, é constituída por médicos, enfermeiros e técnicos de radiologia. Dentro da equipa, o técnico assume funções de: monitorização electrocardiográfica do doente; apoio psicológico ao doente para diminuir a sua ansiedade explicando os objectivos do exame; preparação de soros e montagem do sistema de transdutores; calibração dos transdutores e oxímetros; verificação e preparação do desfibrilhador; selecção do material e sua abertura para a mesa; registo de pressões e cálculo de alguns parâmetros; análise das curvas de pressões após o exame.

Na equipa onde o Cardiopneumologista está integrado verifica-se um elevado grau de interajuda, atingindo assim, os resultados pretendidos.


 fonte: http://www.aptec.pt/cardiopneumologia/areas-de-intervencao/5-hemodinamica-.html