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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Reação Extrapiramidal

 Por Dr. Alexandre Feldman · 

Reação Extrapiramidal Pode Ocorrer Com Remédios Para Enxaqueca

extrapiramidal Reação Extrapiramidal: Quem Já Teve Nunca Esquece
Reação Extrapiramidal – Conheça e Previna.
A situação é a seguinte: você vai a um pronto-socorro para tratar sua crise de enxaqueca e lá recebe injeções de medicamentos. Pouco depois, de forma inesperada, começa a apresentar sintomas de agitação (vontade incontrolável de ir embora, sair de onde está, mover-se), uma sensação estranha de aperto no peito, falta de ar, angústia, ansiedade, sensação de falta de auto-controle, e em alguns casos movimentos involuntários dos braços, pernas, dedos, lábios, língua, pálpebras, alterações na fala, etc (mas não necessariamentetodos esses sintomas). Isto pode ser uma reação extrapiramidal provocada por algum daqueles remédios.
Em alguns casos, a reação extrapiramidal pode ser confundida com uma crise de pânico.
A reação extrapiramidal recebe esse nome porque afeta uma rede de neurônios na base do cérebro, denominada sistema extrapiramidal. O sistema extrapiramidal auxilia na coordenação de nossos movimentos. Certas drogas podem interferir com o bom funcionamento do sistema extrapiramidal, provocando sintomas extrapiramidaiscomo os descritos acima.
O fato é que esses sintomas, de tão desagradáveis, são inesquecíveis – ficam para sempre gravados na memória de quem já passou por tal situação!
Agora, o pior de tudo é que muitos médicos não conhecem essa reação, ou se recusam a “acreditar” que ela tenha atingido seus pacientes. Infelizmente, pacientes apresentando reação extrapiramidal a medicamentos para crise de enxaqueca são frequentemente rotulados como desequilibrados, emocional ou mentalmente; o que torna ainda mais frustrante a experiência para quem sofre dela.
Remédios de uso comum em prontos-socorros para o tratamento de crises de enxaqueca, como a metoclopramida (nome comercial: plasil), especialmente na sua forma injetável, podem causar reação extrapiramidal.
Atualmente, em certos prontos-socorros de São Paulo, está se utilizando um medicamento antipsicótico chamado haloperidol (nome comercial: haldol), na forma injetável endovenosa, para o tratamento de crises de enxaqueca. Acontece que o haloperidol (haldol) é um dos principais medicamentos que podem provocar reação extrapiramidal.
Os sintomas extrapiramidais,  podem durar até 12 horas. Podem ser abreviados com outras medicações injetáveis, especialmente a difenidramina (que também pode possuir uma série de outros efeitos colaterais, por sua vez!). Mas se, infelizmente, muitos médicos nem sequer reconhecem a agitação do paciente como possível reação extrapiramidal, quais as chances de conhecerem os medicamentos, dosagens e vias de administração capazes de combatê-la?
Infelizmente, na prática, pacientes e seus familiares quase nunca são avisados quanto à possibilidade considerável de apresentar reação extrapiramidal mediante a certas drogas utilizadas para o tratamento de suas crises de enxaqueca – principalmente a metoclopramida (plasil) e haloperidol (haldol).
Isso está incorreto, pois todo paciente tem o direito ético e legal de ser informado, previamente, sobre as possíveis reações e consequências que pode sofrer mediante qualquer droga ou intervenção. E uma vez informado, o paciente (de preferência com o auxílio de seus familiares e entes queridos) deve consentir ou não a se submeter à intervenção proposta. Caso não consinta, deve ser informado a respeito de outras opções de tratamento, com seus prós e contras. Até mesmo porque se você já teveuma reação extrapiramidal no passado, certamente não gostaria de se expor ao mesmo risco novamente!
Em países como os Estados Unidos, os pacientes recebem tais informações por escrito, e a equipe médica só inicia o tratamento após as dúvidas serem esclarecidas e o consentimento assinado e uma via entregue à equipe. Esta é uma prática boa, fácil de implementar e que o Brasil deveria adotar o quanto antes.
Portanto, olho vivo. Ainda que em meio a uma crise de enxaqueca, em um hospital ou pronto-socorro, é importantíssimo ser informado e consentir com o que será injetado em você!
É lógico que o melhor mesmo seria não ter  enxaqueca, ou ao menos que as crises de enxaqueca fossem menos frequentes e não necessitassem de idas ao pronto-socorro. Eu escrevi um livro resumindo minha experiência de 25 anos sobre a melhor maneira de conseguir isso, passo a passo. Se você não leu, deveria visitar ESTA PÁGINA para conhecer este livro que simplesmente não pode faltar da cabeceira de quem tem enxaqueca.
E já que você está aqui, não saia sem antes explorar os artigos e informações sobre a enxaqueca contidos neste site. A homepage é AQUI.
P.S.: Não são apenas as drogas injetáveis que podem causar reação extrapiramidal. Remédios comuns para enxaqueca, vendidos sem receita médica e que contêm metoclopramida (como o Cefalium e vários outros), podem causar reação extrapiramidal. Olho na composição descrita na bula!

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Como entender o exame de sangue

Para entender o exame de sangue, é preciso estar atento ao tipo de exame que o médico solicitou, aos valores de referência do laboratório onde foi realizado o exame e o resultado obtido. No entanto, o médico que solicitou o exame é o mais indicado para avaliar estes resultados.
Após o hemograma, os exames de sangue que são mais solicitados são: VHS, CPK, TSH, PCR, exames para o fígado e o PSA, e por isso indicamos na tabela a seguir, os possíveis resultados para estes exames. Os valores de referência dos exames de sangue podem variar de um laboratório para o outro, e por isso, não são citados aqui.

Exame de sangue VHS

Avalia se há inflamação
Alto: resfriado, amigdalite, infecção urinária, artrite reumatóide, lúpus.
Baixo: insuficiência hepática.

Exame de sangue CPK

Avalia a função cardíaca
Alto: infarto, AVC, hipotireoidismo, choque ou queimadura elétrica, alcoolismo cronico, edema pulmonar, embolia, distrofia muscular, exercício extenuantes, polimiosite, dermatomiosites, injeções intramusculares recentes e após crises convulsivas, uso de cocaína.

Exame de sangue TSH

TSH - hormônio estimulador da tireóide
Alto: hipotireoidismo primário não tratado, devido a retirada de parte da tireóide.
Baixo: hipertireoidismo
T3 - triiodotironina total
Alto: Em tratamento com T3 ou T4.
Baixo: Doenças graves em geral, pós operatório, em idosos, jejum, uso de medicamentos como propranolol, amiodarona, corticoides.
T4 - Tiridoxina total
Alto: miastenia grave, gravidez, pré eclampsia, doença de grave, hipertireoidismo, anorexia nervosa, uso de medicamentos como amiodarona e propranolol.
Baixo: hipotireoidismo, nefrose, cirrose, doença de Simmonds, pré eclâmpsia ou insuficiência renal crônica.

Exame de sangue PCR

Indica se há inflamção.
Alto: Inflamação arterial, infecções bacterianas como apendicite, otite média, pielonefrite, doença inflamatória pélvica; câncer, doença de Crohn, infarto, pancreatite, febre reumática, artrite reumatóide, obesidade.

Exame de sangue para o fígado

TGO - transaminase glutâmico-oxaloacética
Alto: morte celular, infarto, cirrose aguda, hepatite, pancreatite, doença renal, câncer, alcoolismo, queimaduras, trauma, injúria por esmagamento, distrofia muscular, gangrena.
Baixo: diabetes não controlado, beribéri.
TGP - transaminase
Alto: hepatite, icterícia, cirrose, câncer hepático, infarto, queimaduras severas, trauma, choque, mononucleose, pancreatite, obesidade.

Exame de sangue PSA

PSA
Alto: Próstata aumentada, prostatite, retenção de urina aguda, biópsia prostática por agulha, ressecção trans-uretral da próstata, câncer de próstata.
Outros parâmetros que também podem ser avaliados pelo exame de sangue são:
  • Hemograma completo: serve para avaliar os glóbulos brancos e vermelhos do sangue, sendo útil para o diagnóstico da anemia, por exemplo;
  • Colesterol: serve para avaliar o HDL, LDL e o VLDL, relacionando com o risco de doença cardiovascular;
  • Ureia e creatinina: serve para avaliar o grau do comprometimento dos rins;
  • Glicose: serve para diagnosticar a diabetes;
  • Ácido úrico: serve para avaliar o funcionamento dos rins, mas deve ser associado a outros exames;
  • Albumina: serve para ajudar a medir o estado nutricional do indivíduo.
exame de sangue de gravidez é o Beta hCG, que pode confirmar a gravidez mesmo antes do atraso da menstruação.

FONTE: http://www.tuasaude.com/

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Embolização de Mioma Uterino

O mioma uterino ainda é um dos problemas que mais acometem as mulheres. As estatísticas médicas revelam que 50% das mulheres têm ou terão miomas em algum período de suas vidas.

Esses tumores benignos, também conhecidos como fibromas ou leiomiomas, surgem no útero. Os problemas causados por eles – dores, cólicas, sangramento excessivo, prisão de ventre, perda espontânea de urina, aumento do volume abdominal e ainda dificuldade de engravidar ou de manter uma gestação – alteram a qualidade de vida das mulheres. 
A embolização de mioma uterino é o tratamento mais inovador e parte do procedimento, como a internação já tem cobertura por alguns convênios e planos de saúde. É um procedimento seguro, que oferece uma recuperação bem mais rápida para as pacientes. Foi descrito pela primeira vez em 1995 por um ginecologista francês que se especializou no tema e hoje é realizado por especialistas em radiologia intervencionista que realizam o procedimento com modernos equipamentos através de vídeo e imagens.


Para entender a diferença entre a miomectomia e a emebolização de mioma, assista este vídeo e em caso de dúvidas entre em contato.
Miomectomia, histerectomia ou embolização de mioma?

Cada procedimento tem seu beneficio particular e deve ser analisado junto ao médico.
É importante ressaltar que a preservação do útero mantem o equilíbrio hormonal da mulher, possibilitando uma melhor qualidade de vida e uma possível gestação.
Para saber qual a melhor opção é importante saber qual o tipo de mioma e como ele está afetando a vida da mulher.

A embolização de mioma uterino é complicada?

Não. Como o mioma é "alimentado" por sangue, o corte desse suprimento leva à morte dos tumores. A técnica da embolização uterina é minimamente invasiva, realizada sob anestesia local e não precisa de pontos, pois não são feitos cortes.

Na região da virilha, onde passa a artéria femoral, o radiologista intervencionista faz um pequeno furo, de no máximo 2 milímetros, por onde é introduzido um cateter. Guiado por um equipamento de radiologia digital com alta definição de imagem, o especialista conduz o cateter até a artéria que leva sangue ao útero.

Embolização de Aneurismas

Dilatação anormal das artérias cerebrais que podem se romper em todo o cérebro, denominada aneurisma, é responsável por um grande número de derrames sanguíneos e hemorragias cerebrais. Os derrames cerebrais podem passar despercebidos causando pequenos incômodos, como dor de cabeça, náuseas e vômitos, mas também podem causar danos severos ao cérebro, produzindo quadros neurológicos importantes como hemiplegias (paralisia de todo um lado do corpo), coma (perda da consciência) e até morte súbita. Dos 70% dos pacientes que padecem da forma grave a consulta neurológica deve ser imediata e normalmente hospitalar, o diagnóstico deve ser precoce e o tratamento especializado e oportuno, para evitar conseqüências maiores e preservar a vida.
Como é feita?
Através da introdução de um cateter na artéria femoral na região inguinal (coxa) é possível chegar até o aneurisma no cérebro. Tudo é assistido, por meio de imagens radiológicas, através de um monitor de TV. Dentro desse cateter, passam os fios de platina que são colocados no local do aneurisma em forma de espiral, formando uma espécie de malha, preenchendo o local, evitando, assim, o seu rompimento e o derrame cerebral.